"A ignorância se refere à falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre um determinado tema ou pior quando ela chega a ser como um doença onde o seu portador desconhece quase tudo tendo em lugar de conhecimentos plausíveis preconceitos que se interligam fazendo um sistema ideológico simplificador e reducionista, ou ainda o crer como sendo verdadeiros (sem sólidos argumentos em favor dessa crença) elementos amplamente divulgados como falsos (com sólidos argumentos em favor do conteúdo dessa divulgação). "
Você que leu essa definição acima do que é ignorância e não entendeu o que tal função metalisguistica quis dizer, se acha ignorante em detrimento disso?
Bem, eu mesma não cheguei a interligar na íntegra o que as palavras acima queriam dizer e nem por isso sou ignorante. Então, porque MAIS UM (que não será o último) caso cômico a ser divulgado por meio da TV e que gerou grande repercussão em nosso país, faz de quem achou engraçado o fato, um ignorante?
Vamos lá à outra definição!!!
"O ignorante estabelece critérios (sempre baseados em algum preconceito) que desclassifiquem o conselho alheio, em prol da sua falta de conhecimento, busca estabelecer idéias falsas sobre si mesmo e o mundo que o cerca de forma errônea e em conformidade com os preconceitos professados (sem contudo professar que sejam preconceitos), ideologias reducionistas ou pensamentos."
Pois bem. Você que criticou tanto esse episódio em nossa cidade, dizendo ter vergonha do povo que aqui domicilia ou reside, parabéns. Se encaixou perfeitamente no tocante acima que diz: "O ignorante estabelece critérios (sempre baseados em algum preconceito)".
Levar tal fato na brincadeira; rir; achar graça; ir ao local e participar do evento em pauta, que foi o enterro da galinha Rafinha, não torna ninguém uma pessoa sem "conhecimento, sabedoria e instrução sobre um determinado tema". Para mim, esses que estiveram presentes são o retrato de uma pessoa que não se deixa enganar pelo falso moralismo de alguns.
É lógico que a opinião que cada um fez sobre o tema há de ser respeitada. Não estou aqui, de maneira alguma, afirmando que todos os que não aprovaram o desencadear dos acontecimentos são pessoas possuidoras do falso moralismo. Minha crítica se fundamenta naqueles que criticam os que, ao contrário, se deixaram levar no que para mim seja uma brincadeira que se estendeu mais que o esperado.
O mundo, o nosso Brasil já é cheio de muitas coisas que nos deixam horrorizados, tristes, desesperançosos; então que mal há quando aparece um motivo que sai fora dos padrões e que deveria ser levado "na esportiva"?
Já passou da hora das pessoas relativizarem mais as situações que são vividas e que são motivos de discussões sem importância. No código de processo civil, o art. 267, caput, diz: "Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:" Por analogia também considero que tais fatos inusitados serão extintos e não se levará nenhuma materialidade do mesmo, por isso não vejo motivo de tanto "auê" por uma coisa passageira.
Para deixar tal texto com mais metáforas e AR DE GRAÇA (que é o que as pessoas estão precisando), eu não poderia deixar de repassar o que todos já sabem:
"Não façamos tempestade em copo d'água".
Carol Neves.